Brotoejas no bebê: o que são e como cuidar delas?

Veja como tratar as brotoejas no bebê e confira algumas formas de evitar seu surgimento, que apesar de comum, exige atenção.

A principal preocupação de mães e pais é com a saúde dos filhos, sobretudo com crianças menores. Afinal, os bebês sempre exigem mais atenção nos cuidados, especialmente se os pais não tiverem tanta experiência. E quando surgem brotoejas no bebê, é normal que a família acenda o alerta para o problema. 

Afinal, ainda que não seja algo grave, as brotoejas causam desconforto e, quando coçam, podem levar a criança a se machucar. 

Desse modo, seja com as brotoejas no bebê ou com qualquer outro problema que possa surgir, os cuidados com a saúde são sempre primordiais, e por isso é importante que a família se informe e entenda alguns casos mais comuns para saber que atitude tomar.

E para ajudar você, papai ou mamãe, preparamos esse conteúdo que vai ajudar a tirar dúvidas e dar algumas dicas de como lidar com o surgimento das brotoejas.

Boa leitura!

O que são brotoejas?

A popular brotoeja se chama, na verdade, miliária. Trata-se de um tipo de dermatite que causa pequenas erupções na pele, formando bolhinhas avermelhadas ou transparentes. Assim, as brotoejas ocorrem devido à obstrução dos ductos das glândulas sudoríparas, que são responsáveis pela produção do suor. Esses ductos fazem o transporte do suor até a pele, para que haja o resfriamento do nosso corpo em situações de calor. 

Desse modo, quando os ductos são obstruídos, o suor fica retido nas camadas mais profundas da pele, o que acaba provocando essa reação inflamatória.

Seu surgimento é bastante comum, sobretudo em bebês e crianças, por conta do tamanho dos poros, que é menor. Já na primeira semana de vida é possível observar o aparecimento de brotoejas no bebê, especialmente em épocas mais quentes.

As brotoejas, ou miliárias, são classificadas em três tipos. Vejamos quais as características de cada um:

Tipos de Brotoeja no Bebê

Miliária rubra

É o tipo mais comum de brotoeja e ocorre quando há uma obstrução mais profunda dos ductos da glândula sudorípara. Assim, quando o suor se espalha para camadas mais profundas da pele, ocorre a inflamação local, que se caracteriza por pequenas bolinhas vermelhas. Essas bolinhas costumam provocar coceira, e em alguns casos também causam dor e sensação de queimação na pele.

Apesar de bastante comum, as brotoejas no bebê desse tipo exigem certa atenção e cuidado, pois quando ocorrem com muita frequência, podem levar a um quadro de miliária profunda. Nesse caso, grandes áreas da pele são afetadas, impedindo o suor e o resfriamento adequado do corpo.

Miliária cristalina

Esse é um tipo de brotoeja mais brando, que aparece quando a obstrução dos ductos são superficiais. Sua aparência é de bolhinhas mais agrupadas, com líquido transparente. A miliária cristalina não costuma causar coceira, pois não ocorre inflamação.

Miliária pustulosa

Este é um tipo menos comum de brotoeja, que ocorre quando há uma inflamação mais profunda. Assim, as lesões são maiores e as bolhas apresentam inflamação com pus.

Por que as brotoejas aparecem?

Como dissemos no início, as brotoejas no bebê aparecem por conta da obstrução dos ductos de suor. E por isso mesmo, é uma dermatite que ocorre mais facilmente no verão, justamente pelo excesso de calor. No entanto, algumas substâncias químicas que obstruem os poros também podem agravar o problema. Um exemplo são os óleos corporais, cremes hidratantes ou bronzeadores mais oleosos. Além disso, a presença de febre alta também pode levar ao surgimento das brotoejas.

Como evitar as brotoejas no bebê?

As glândulas sudoríparas estão presentes em quase todo corpo, e por isso as brotoejas podem aparecer em qualquer local da pele. Contudo, são as partes do corpo que mais suam que estão mais propensas à inflamação. No caso das brotoejas no bebê, as dobrinhas dos braços, pescoço, pernas e bumbum são os locais mais afetados. Mas o rostinho dos pequenos também costuma sofrer com as brotoejas.

Sabendo disso, certos cuidados podem ser tomados para evitar que as bolhinhas apareçam. Vamos conferir alguns?

  • evitar tecidos sintéticos (poliéster, por exemplo) e preferir roupinhas com tecidos de algodão, que são transpiráveis;
  • evitar banhos muito quentes;
  • deixar o ambiente bem ventilado e com temperatura mais branda (ventiladores e ar condicionado podem ajudar);
  • cuidar com o excesso de roupas e evitar agasalhar demais o bebê em dias de temperatura mais amena;
  • se a criança for propensa às brotoejas, é importante evitar atividades que façam com que ela transpire em excesso.

O que fazer quando surgirem brotoejas no bebê?

Você deve estar se perguntando: “Mas afinal, o que fazer quando surgirem brotoejas no bebê?”.

Bem, a verdade é que as brotoejas costumam desaparecer sozinhas, à medida que a umidade e o calor diminuem. Nesse sentido, manter o ambiente sempre bem arejado e fresco ajuda a aliviar os sintomas sem a necessidade de um tratamento mais específico para o problema.

Porém, quando a brotoeja causa coceira, a criança sente esse desconforto, que pode ser amenizado com a hidratação da pele e o refrescamento do local afetado, aliviando essa sensação. Também é fundamental evitar o uso excessivo de sabonetes, que causam ressecamento da pele e obstruem ainda mais os poros.

Mas atenção! Ao perceber uma piora das lesões, é fundamental procurar um dermatologista infantil. Pois só um médico poderá indicar o tratamento correto, pois a automedicação pode trazer ainda mais problemas e efeitos colaterais inesperados.

Quando procurar um dermatologista infantil?

Pode parecer um pouco incomum, mas visitar um dermatologista infantil é importante já no primeiro ano de vida do bebê. Isso se torna ainda mais necessário se houver algum histórico de doenças alérgicas na família, incluindo, bronquite e asma.

E mesmo nos casos onde a criança não apresenta nenhum tipo de problema e não há histórico familiar, levar seu filho ao dermatologista é essencial para prevenir doenças alérgicas e ter um cuidado maior, já que a pele dos bebês é muito sensível.

Por isso, os motivos para uma consulta com esse especialista podem variar bastante, indo desde o surgimento de manchas avermelhadas, coceiras, pele excessivamente oleosa, brotoejas, queimaduras solares, descamação do couro cabeludo, entre vários outros, como:

  • alterações de cor e formato das unhas;
  • excesso de pelos;
  • suor excessivo, com ou sem odor;
  • presença de queloides;
  • aparecimento de nódulos;
  • feridas com pus;
  • sinais e manchas incomuns;
  • dificuldade de cicatrização em feridas.

Da mesma forma que pessoas adultas, os bebês devem fazer um acompanhamento anual com o dermatologista, pois as consultas preventivas ajudam a identificar rapidamente qualquer problema de pele que possa surgir, além de diagnosticar, através de testes, se a criança possui algum tipo de alergia mais severa.

Além disso, o uso de produtos de higiene como xampus, sabonetes, pomadas e hidratantes é melhor recomendado por um especialista. Isso evita que a criança tenha problemas de pele decorrentes do uso de produtos inadequados para sua idade.

Pronto! Agora você sabe o que são e como cuidar das brotoejas do bebê. Quer consumir mais conteúdos sobre os cuidados na infância? Continue navegando em nosso blog. Aqui, você encontra muitos conteúdos interessantes sobre o desenvolvimento infantil.

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