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Empatia na infância: como educar seu filho(a) para se preocupar com os outros?

Aprenda a importância da empatia na infância e confira 5 dicas de como educar seu/sua filho(a) para se preocupar com os outros.

A empatia é definida como a capacidade de se identificar com outra pessoa, se colocar no lugar do próximo e entender como ele se sente ou o que deseja. Resumidamente, se colocar no lugar do outro contempla todas essas ações.

Trata-se de uma capacidade fundamental para construir relações, promover bem estar emocional próprio e/ou coletivo. Isto porque, quando nos colocamos no lugar de outra pessoa, pensamos antes de agir para evitar que ela possa ser ferida emocionalmente.

Quando praticamos a empatia, executamos uma das funções mais importantes de nossa inteligência, o reconhecimento e compreensão de nossos próprios sentimentos e os de outras pessoas. Assim, como num processo natural e orgânico, estimulamos a reciprocidade e receptividade em nossos círculos de convívio, além de promovermos nossas habilidades de comunicação.   

Mas, seria a empatia na infância tão importante para as crianças? Sim! Entenda os motivos.

Porque a empatia na infância é tão importante?

Até os 5 anos de idade, as crianças não têm seu cérebro desenvolvido o suficiente para sentir remorso, pesar pelos outros e entender as consequências emocionais que suas ações podem provocar nas outras pessoas.

A empatia na infância é um fator decisivo no desenvolvimento da identidade moral dos pequeninos, que os ajuda a estabelecer relacionamentos mais saudáveis, superar as adversidades sociais, serem mais gentis e praticarem o hábito de pensar no coletivo antes de agir ou se expressar. 

Com isso, as crianças apresentam menos problemas de comportamento, principalmente nos momentos de socialização, nas interações com outras pessoas e na manutenção do bem estar em suas relações, que passam a ter menos brigas, discussões e entraves na pluralidade de opiniões e diferentes formas de comportamentos.  

Os reflexos positivos da empatia na infância não se limitam apenas a aspectos sociais. A criança empática aprende com mais facilidade, tem melhor rendimento escolar, é consciente, comunicativa, alegre e entende melhor sobre seus sentimentos e das outras pessoas. 

Quer saber como ajudar seu/sua filho(a) a ser empático(a)? Continue a leitura, pois neste conteúdo vamos te mostrar como a empatia na infância é desenvolvida, quando a criança começa a demonstrá-la e, no final, separamos dicas de como ensinar sua criança a se preocupar com os outros.

Como a empatia na infância é desenvolvida?

Como você viu, não nascemos com a capacidade intelectual e cognitiva para sentir remorso ou a dor alheia, por consequência, não agimos empaticamente até sermos ensinados a praticar a empatia.

O desenvolvimento da empatia na infância se dá em situações específicas, onde o nível de empatia se eleva e torna-se evidente a sua prática. Um bom exemplo é a prática da consciência social, a demonstração de respeito às diferenças e o senso de responsabilidade, que podem ser inseridos no dia a dia até que sejam absorvidos organicamente pela criança.

Quando a criança começa a demonstrar empatia?

É possível que a criança apresente os primeiros sinais de empatia por volta dos 6 meses de vida. Quando isso acontece, é o resultado da observação das atitudes e expressões faciais que os pais e outros adultos transmitem para ela, como alegria, tristeza, surpresa, raiva, satisfação ou insatisfação, por exemplo.

A observação diária dessas atitudes e expressões permite que a criança experimente os sentimentos manifestados por terceiros. Com o passar do tempo, os pequeninos começam a entender as reações emocionais causadas por um abraço carinhoso, um olhar afetivo, da segurança de estar no colo ou demonstração de tristeza dos seus pais.

Assim, passam a entender também se os pais estão bravos ou alegres por meio do reconhecimento das expressões faciais, além de agir de acordo com o que viram. Ou seja, conseguem identificar o “não” ou “sim”, “está tudo bem”, “não gostei” ou “adorei” quando são ditos de forma ativa ou nas entrelinhas. 

E, a partir deste ponto, inicia-se a construção da empatia na infância, que passa a ser aprimorada com o passar do tempo e conforme a capacidade de analisar situações se desenvolve.

Empatia na infância: dicas para ensinar seu filho

Dê o exemplo

As crianças são o espelho do que vivem, observam e experimentam em seu cotidiano, ou seja, reproduzem tudo o que seus pais e pessoas de seu convívio fazem e a maneira como se comportam.

Para ensinar empatia não é diferente. Dê o exemplo, seja empático com a criança e com todas as outras pessoas para que ela observe e perceba que sua preocupação e atitude com os outros causam consequência positivas e interações harmoniosas.

Trabalhe as emoções

Acompanhar as reações da criança geradas pelas emoções que vem à tona e ajudá-la a lidar com tudo isso é uma forma empática de demonstrar a importância da empatia na infância.

Para que a empatia faça parte da vida dos pequeninos, eles precisam que seus entes amados estejam próximos nos momentos difíceis e em experiências inéditas. Assim, se sentirão seguros e protegidos para enfrentar seus problemas e notarão toda a diferença que faz o comportamento empático.

Este hábito, além de colaborar na promoção da autoestima da criança, você estará  ajudando ela a lidar com os sentimentos e, ao mesmo tempo, demonstrando como é importante compreender e acolher o próximo em situações difíceis, ou seja, é uma forma de transmitir a importância de se colocar no lugar do outro.  

Estimule o convívio social da criança

O convívio social é decisivo para a criança ter o entendimento de que o mundo não gira em torno dela, que todas as pessoas são únicas e diferentes, com suas próprias opiniões, gostos, valores e visão do mundo.

Por isso, outro ponto fundamental para promover a empatia na infância é estimular o convívio social para que as crianças conheçam novas pessoas, personalidades e ideias. Essa exposição ajuda os pequeninos a despertar o olhar ao redor, entender que as diferenças são inevitáveis e que não existe problema nenhum nelas. São pontos fundamentais para a construção de um ser humano empático.

Converse muito com seu filho

O diálogo aberto e com espaço para as crianças expressarem o que e como se sentem é base para que desenvolvimento intelectual e emocional aconteça harmoniosamente e sem traumas futuros.

Conversar com seu/sua filho(a) vai te ajudar a demonstrar o que está acontecendo em cada situação e fazer a criança refletir sobre seu comportamento e atitudes.

Ou seja, quando a criança agir de maneira inadequada em determinada situação, em vez de corrigi-la com uma bronca ou castigo, dê preferência a uma conversa construtiva, onde todas as atitudes ruins que foram tomadas sejam evidenciadas e demonstrando o porquê elas foram negativas. Esta é uma forma de fazer seu/sua filho(a) perceber que suas atitudes podem afetar negativamente as pessoas e quais as melhores maneiras de agir. 

Também é importante ressaltar que o respeito é uma das principais bases para agir com empatia. Por isso, é fundamental conversar a respeito da pluralidade nas pessoas e ideias. Isto porque, ainda existem muitos indivíduos que não sabem lidar com as diferenças e faltam com respeito com todas as pessoas que saem fora do padrão imposto em seu meio de convívio. 

É indispensável ensinarmos para todas as crianças, desde muito pequenas, a respeitarem e aceitarem as características diferentes de cada pessoa, como cor, credo, valores e etc.  

Conte histórias!

As crianças adoram livros e ficam presas nas histórias contadas por adultos, refletindo por dias, meses e até anos os conteúdos delas. Por isso, uma das maneiras mais assertivas para ensinar empatia na infância é contando histórias para os pequeninos.

A contação de histórias ou leitura em voz alta de conteúdos infantis que exploram a importância da empatia e como ela reflete no comportamento das pessoas e toda sociedade, ajudam os pequeninos a aprenderem melhor sobre os sentimentos e entenderem o resultado de suas ações por meio dos personagens e histórias favoritas.

Assim, são criadas uma série de memórias afetivas que são utilizadas como diretrizes antes da criança interagir com outras pessoas, agir ou reagir em determinadas situações.

Pronto, agora você tem dicas para promover a empatia na infância e ensinar seu/sua filho(a) a se preocupar e se colocar no lugar dos outros. Gostou do conteúdo? Continue navegando em nosso blog, ele está recheado de conteúdos interessantes sobre o desenvolvimento pleno e harmonioso das crianças.

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