O contato pele a pele com o bebê é um dos pilares na construção do vínculo afetivo entre mãe e filho. Entenda porque ele é tão importante para o desenvolvimento da criança.
O vínculo afetivo entre mãe e filho é uma relação que se inicia antes mesmo da criança nascer. Tudo começa na aceitação da gravidez, segue por toda a preparação para o nascimento, no contato pele a pele com o bebê logo após o parto e continua a se fortalecer com as interações diárias a ponto de se tornar um elo poderoso por toda a vida.
Quando chegam ao mundo, os pequeninos entendem esse vínculo afetivo como um mecanismo de proteção, que os transmite segurança e a garantia de sobrevivência desde quando estão lá dentro da barriga de sua mãe.
Conforme a gravidez evolui, a mãe começa a ter a sensibilidade de entender o desenvolvimento e rotina de seu bebê. Um bom exemplo é o fato da mãe conseguir identificar quando o feto está em atividade ou repouso.
Depois da gestação, existe um momento exclusivo para a formação do vínculo, o nascimento. É um tempo de ansiedade em que a mãe não vê a hora de sentir sua criança nos braços, onde acontece o primeiro contato pele a pele com o bebê e a sintonia do “olho a olho”.
A partir desse momento, o vínculo afetivo é o que ajudará a mãe a compreender sua criança com os movimentos, choros e outras reações feitas por ela. Assim, é possível atender às necessidades do recém nascido e, base disso, é o contato pele a pele com o bebê.
Continue a leitura para entender como o vínculo entre mãe e filho(a) se desenvolve, a importância do contato pele a pele com o bebê e seus benefícios.
Como o vínculo entre mãe e filho se desenvolve?
Para entender a importância do contato pele a pele com o bebê é fundamental saber como o vínculo entre mãe e filho se desenvolve.
Logo após o nascimento, precisamente no pós parto, o bebê já começa a procurar um vínculo com as pessoas que cuidam dele e o protege. Este elo afetivo se constrói por meio experiências e conexões emocionais entre a criança e seus cuidadores.
Para que este vínculo seja promovido e concretizado, a criança utiliza três comportamentos precoces:
- Choro ou gritos, utilizados como um chamado do bebê para que suas necessidades sejam atendidas, como comer, dormir, buscar conforto e proteção.
- Conversas (balbuciar e fazer barulhinhos) e sorrisos para manter a proximidade com os cuidadores e demonstrar que as interações estão sendo positivas e está vivenciando um momento feliz;
- Comportamentos ativos, o último dos comportamentos precoces, usado para evidenciar enfaticamente a mensagem: “cuide de mim”. Normalmente a criança movimenta seu corpo e tenta agarrar o cuidador.
Com estes 3 comportamentos precoces, o vínculo afetivo é iniciado e estabelecido. A partir dessa fase, a criança começa a se expressar melhor e se comunicar, permitindo que a mãe saia do intuitivo e compreenda com clareza quais as necessidades da criança.
Qual é a importância do contato pele a pele com o Bebê?
O contato pele a pele com o bebê é o principal meio de iniciar o vínculo com a criança e começa logo no pós parto. É um ato simples, que consiste em colocar o recém nascido num contato direto de sua pele com a da mãe, entre o tórax e o abdômen. Sem lenços, fraldas ou quaisquer vestimentas, como propriamente dito, pele a pele.
Para todos os mamíferos, sem exceção, o contato pele a pele entre a mãe e seu bebê é determinante no estabelecimento e promoção de um vínculo afetivo entre ambos. O desenvolvimento desse vínculo é um processo dinâmico, baseado na reciprocidade, onde a mãe provê cuidados, a criança os recebe e responde positivamente, seja com um olhar, sorriso ou relaxamento imediato de seu corpinho.
Quanto melhor e mais agradável é essa interação, maior o comprometimento de ambas as partes na construção do vínculo afetivo.
Apesar de ser um ato simples, o contato pele a pele com o bebê promove benefícios fisiológicos e psicossociais tanto à criança quanto para sua mãe. Quando os cuidadores tocam, cheiram e exploram o corpinho do recém nascido, o bebezinho experimenta suas primeiras sensações de bem estar e alívio.
Tais sensações induzem a produção de ocitocina, mais conhecida como hormônio do amor. Assim, a ansiedade e/ou desespero do(a) pequeno(a) vão se dissipando enquanto experimenta o calor do peito de sua mãe.
Esse contato precoce ajuda o bebê a se manter aquecido, sentir acolhido e com a sensação de proteção, pontos fundamentais para a transição do bebê entre o ventre de sua mãe e a vida no “mundo exterior” (um processo estressante e um tanto assustador para os bebês) .
Desta forma, ao estimular esse vínculo, os pais garantem um desenvolvimento mais saudável e harmonioso da criança, tanto em aspectos fisiológicos quanto emocionais.
Quais são os benefícios do contato pele a pele com o Bebê?
Agora que você entende a importância do contato pele a pele com o bebê, vamos te mostrar os benefícios dessa prática tão decisiva para a adaptação e desenvolvimento da criança.
Confira.
Estimula o vínculo afetivo entre mãe e filho(a)
O primeiro grande benefício é o fato do contato pele a pele com o bebê ser o principal pilar que constrói e sustenta o vínculo afetivo entre mãe e filho(a), um laço importante por toda a vida para ambas as partes.
Para o bebê recém nascido, a pele é o principal meio dele experimentar e interagir com o ambiente. Além disso, ela é responsável por funções essenciais à saúde e bem estar da criança, como:
- Uma barreira natural, que protege os órgãos dos perigos, ou seja, a proteção da criança;
- Sensor do ambiente, atuando na termorregulação da criança fazendo com que o corpo aumente ou diminua sua temperatura, um ponto essencial para mantê-la viva e protegida;
- Centro de recepção e transmissão de informações sensoriais, que será responsável por permitir que a criança conheça melhor seu próprio corpo e seus limites físicos.
Por esses motivos, a pele é um meio vital para a troca entre o corpo do bebê e o ambiente que o rodeia. Além disso, a primeira linguagem das crianças é o toque. Devido a isso, a proximidade entre a mãe e seu/sua filho(a) se torna fundamental para estabelecer o vínculo afetivo e as primeiras formas de comunicação entre eles(as).
Acalma o bebê e desperta o sentimento de proteção
Como você viu até aqui, a pele é o principal sensor do bebê para fazer a leitura dos ambientes e reconhecer quem são seus cuidadores, além de ser a primeira ponte para o vínculo afetivo.
Quando chegam ao mundo, logo no pós parto, passam por uma experiência extremamente intensa, onde tudo é novo e um tanto assustador. Além disso, neste mesmo momento, os bebês ainda não fazem ideia de como se confortarem e se protegerem (mas já sabem que os cuidadores são seu meio de sobrevivência).
O contato pele a pele com o bebê é decisivo neste momento, pois é ele que transmitirá as primeiras sensações de conforto e proteção, tornando essa transição entre ventre e mundo menos intensa e com a sensação de segurança.
Esse contato direto entre a pele da mãe e de seu bebê transmite a seguinte mensagem para a criança: “está tudo bem, você está protegido e pode se expressar sem medo, eu estou aqui para te ajudar e atender suas necessidades”.
Assim, as emoções da criança são reguladas, permitindo que ela explore o mundo e as infinitas sensações de estar “aqui fora”. O resultado é um desenvolvimento físico e intelectual mais fluido, sem interrupções ou más interpretações pela falta de segurança e ausência de vínculo afetivo.
Pronto! Agora você sabe como o vínculo afetivo se desenvolve, a importância do contato pele a pele com o bebê e as vantagens dessa prática fundamental para o desenvolvimento saudável e harmonioso da criança.
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