Quais os principais marcos do desenvolvimento infantil?

A partir do nascimento, todos nós iniciamos uma jornada de evolução física, mental e intelectual. Ao longo da vida, somos estimulados a aprender coisas novas e desenvolver habilidades das mais variadas. Mas é nos primeiros anos que damos um verdadeiro salto, e onde são registrados os marcos do desenvolvimento infantil.

Nesta fase inicial, a criança desenvolverá as habilidades mais primárias, mas também as mais importantes. Desde questões relacionadas com a comunicação, aspectos sensoriais, motores e a identificação de tudo que a rodeia.

Vejamos então quais são os marcos mais importantes no desenvolvimento de bebês e crianças ainda na primeira infância. Acompanhe!

Principais marcos do desenvolvimento infantil

Antes de trazer os detalhes sobre cada marco do desenvolvimento infantil, é importante salientar que estes pontos servem apenas como orientadores, mas não devem jamais ser levados ao pé da letra em relação ao tempo cronológico. 

Afinal, cada pessoa se desenvolve de forma individual, que pode variar conforme o meio em que vive, os estímulos que recebe, levando em conta ainda sua capacidade psicomotora própria. Isso significa, por exemplo, que, enquanto algumas crianças falam mais precocemente, outras aprenderão a falar mais tarde, mas poderão dar os primeiros passos mais cedo, por exemplo.

Vamos agora entender os marcos do desenvolvimento infantil de acordo com a idade, dos 0 aos 6 anos:

Nos primeiros 30 dias de vida

Durante os primeiros 30 dias de vida, a adaptação do bebê ao mundo fora do útero materno ainda é lenta. Isso faz com que ele durma boa parte do tempo e acorde para se alimentar. Nesse período, os músculos e o sistema nervoso central ainda estão se desenvolvendo. 

Por isso, a visão é limitada, fazendo com que a criança só consiga enxergar com mais clareza pessoas e objetos a uma distância pequena de cerca de 30 cm do seu rosto.

Já na parte motora, durante o primeiro mês o bebê começará a erguer os bracinhos levemente, mas ainda mantendo uma postura chamada tônico-cervical. Contudo, a musculatura cervical nessa fase ainda não possui a tensão e o volume necessários, e por isso a criança ainda não consegue manter a cabeça e o pescoço firmes.

Com 2 meses de vida

Ao completar 2 meses, a característica marcante é a do acompanhamento de um objetivo num ângulo de 180º. Já no aspecto social, surgem os sorrisos e os primeiros sons balbuciados, ainda primitivamente.

Com 3 meses de vida

Na parte postural, aos 3 meses a criança já consegue sustentar a cabeça, e também levantar queixo e tronco quando está de barriga para baixo. Há uma evolução do sistema nervoso central e do nervo óptico que permite que ela enxergue a uma certa distância. 

Um dos marcos do desenvolvimento infantil nessa fase está em estender a mão para pegar objetos e também nos risos mais frequentes. Também há um aprimoramento dos sons vocalizados.

Com 4 meses de vida

Nessa fase, há um tônus cervical completo e a criança já é capaz de se apoiar nos antebraços. Bebês de 4 meses já podem ser capazes de rolar e fazer pressão palmar voluntária. As risadas mais altas já aparecem para chamar atenção das pessoas à sua volta. 

Com 5 meses de vida

Com 5 meses de idade, o bebê já se torna capaz de reconhecer as partes do seu próprio corpo, e assim começa a levar as mãos à boca e a pegar os próprios pés. A força dos membros aumenta, fazendo com que consiga se apoiar com as mãos e levantar a cabeça quando está em posição prona.

Com 6 a 7 meses de vida

No caminho entre o sexto e o sétimo mês, os marcos no desenvolvimento infantil começam a ser mais aparentes. Nessa fase, a criança consegue rolar sobre os ombros, sentar com apoio e fazer a rotação de quadril. Ao segurar objetos, já consegue passá-los de uma mão para outra, pois seu tato já está melhor desenvolvido.

Também é nessa idade que os primeiros vocábulos, como ‘mama’ e outras sílabas dobradas aparecem. A isso dá-se o nome de lalação.

Com 8 meses de vida

Ao completar o oitavo mês, o desenvolvimento do bebê é marcado pelo maior controle do corpo, fazendo com que consiga sentar e rolar sem ajuda. O sistema nervoso central nessa fase também já está mais desenvolvido, permitindo que a visão seja mais nítida, podendo distinguir cores.

Com 9 a 10 meses de vida

Eis aqui um dos marcos do desenvolvimento infantil que mais alegra os pais: é por volta de 9 a 10 meses de idade que o bebê se torna capaz de se mover, podendo se arrastar e até engatinhar. No entanto, nem todas as crianças alcançaram esse nível com esta idade. Por isso, é importante que os pais e familiares compreendam as variações envolvidas no processo.

Nessa idade, o bebê já consegue dar pequenos passinhos quando escorado e também consegue sentar sozinho. Os especialistas ressaltam que esta é uma fase de estranheza, onde a criança costuma querer apenas o colo da mãe ou da pessoa mais próxima ao convívio. Por esse motivo, é uma das faixas etárias mais importantes, onde se torna necessário um cuidado e estímulo à sociabilização.

Com 11 a 12 meses de vida

Bebês de 11 a 12 meses de vida já são capazes de reconhecer o próprio nome e atender aos chamados verbais. Nessa fase, também costuma ser percebida a capacidade de bater palmas e acenar um “tchau”.

Aqui temos outro marco importante do desenvolvimento infantil: a alimentação, que já consegue ser feita sem ajuda, podendo levar a colher à boca ou segurar uma fruta, por exemplo.

De 1 a 2 anos

Na fase entre o primeiro ano de vida e o segundo, o bebê começará a andar, subir em móveis e descer escadas. Este é um período dos mais importantes, pois a independência de locomoção que a criança adquire faz com que os pais e cuidadores redobrem a atenção.

É também dentro desse período que algumas crianças desmamam. Mesmo que a recomendação de amamentar seja até os 3 anos, a maioria irá, aos poucos, deixar de mamar no peito antes disso.

Na fala, a criança com idade entre 1 e 2 anos já possui algum vocabulário, falando palavrinhas pontuais e formando frases curtas.

Aos 3 anos

Com essa idade, a sociabilidade da criança já está mais desenvolvida, fazendo amiguinhos. O marco no desenvolvimento desta fase é a evolução do controle do esfíncter, o que faz com que ela aprenda a usar o banheiro ou penico, assim como avisar quando fez suas necessidades fisiológicas.

Aos 4 anos

A fala é um dos marcos do desenvolvimento infantil que mais gera ansiedade nos pais. E aos 4 anos, o vocabulário da criança já se torna amplo, com mais de 1 mil palavras. A imaginação nessa fase é bem desenvolvida, assim como a facilidade de comunicação.

O salto no desenvolvimento motor é visível, e algumas crianças, aos 4 anos, já aprendem a andar de bicicleta e realizar atividades que exigem equilíbrio.

Dos 5 aos 6 anos de vida

Neste período, grande parte das crianças já frequentam a escola (algumas até bem antes), e assim os marcos do desenvolvimento infantil vão se consolidando. É considerada a fase dos porquês, onde a criança se torna muito curiosa e busca entender o funcionamento das coisas.

Aos 6 anos, a integração nas atividades familiares e escolares já é completa. Assim, uma criança dessa idade já pode ser instruída a realizar pequenas tarefas domésticas e assumir algumas responsabilidades, como organizar seus brinquedos, arrumar o quarto, etc.

Do mesmo modo, o intelecto começa a despontar, fazendo com ela emita suas opiniões e vontades, apontando o que quer ou não quer. 

No desenvolvimento motor, crianças de 5 a 6 anos já participam de jogos, utilizam tesoura e, por exemplo, podem transportar copos cheios e pratos com alimento.

Por que é importante reconhecer os marcos do desenvolvimento?

Os chamados marcos do desenvolvimento infantil devem ser acompanhados atentamente pela família e demais pessoas envolvidas na criação e cuidado com os pequenos. 

Isso porque, a observação de possíveis falhas nesse desenvolvimento será fundamental para identificar problemas como Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), entre outros. 

Além disso, a participação da família é crucial para o sucesso dos tratamentos e a plena recuperação de crianças com problemas relacionados ao desenvolvimento.

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